sábado, 24 de fevereiro de 2018

O refúgio

 Aqui é seguro. Como se as paredes desse pequeno quarto fossem feitas de algo além de barro vermelho. Meus desenhos a giz de cera devem dar força maior. Me deito dentro da antiga cômoda do meu tio, que agora é como uma nova casa. Onde me sinto bem, o frio do chão refresca e a luz intensa está longe dos olhos. Coloco meus bichinhos de plástico perto de mim, alguns livretos e uma plantinha em um vaso de refrigerante pequeno. As sombras a minha voltam assustavam. A luz do sol poente passava pelas folhas tremulantes da goiabeira do vizinho e depois entrava pelas frestas da porta, que as ampliavam. Fantasmas sem corpo mas expressivos se projetavam nas paredes e me ameaçavam. Mas ali as coisas seguiam num ritmo diferente, ritmo este que eu era capaz de acompanhar...

Até mais ^^

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